Entre banquetes e fartura; conheça as delícias gastronômicas do século XVI

Durante a minha leitura do fim de semana percebo que desde sempre o Brasil vive uma relação de fome e fartura. No século XVI há muitos relatos de uma terra próspera e abundante, contudo nem todos eram abastados. No livro livro “Delícias do Descobrimento – Gastronomia Brasileira do século XVI”, da autora Sheila Moura Hue, constamos o dualismo da alimentação desde o início da colonização.

O livro é muito interessante também pois apresenta a história de alguns alimentos, como o ananá, mais conhecido como abacaxi. Ele por sinal é brasileiro, ao contrário da banana e do coco, que são de origem asiática, mas eles se deram tão bem por aqui que já fazem parte da nossa cultura alimentar e social e os consideramos brasileiríssimos.

Através do livro, fiquei com alguns questionamentos: por onde andam algumas frutas, como o mucujê e abajeru ou peixes consumidos pelos colonos e índios, a citar o olho-de-boi, aimorés ou pirambá. Se algum leitor souber, por favor, me envie uma mensagem!

A publicação ainda traz mais de 150 ilustrações e cerca de 40 receitas, originais ou adaptadas, de livros dos séculos XVI. Além de citações de autores, como Hans Staden, Jean de Léry, Gabriel Soares de Sousa e André Thevet, dentre outros.

Sobre a autora

Sheila Moura Hue é coordenadora do Núcleo Manuscritos e Autógrafos do Real Gabinete Português de Leitura. É autora, com Ronaldo Menegaz, da edição comentada de A primeira história do Brasil, de Pero de Magalhães de Gândavo; organizou ainda os volumes Primeiras cartas do Brasil e As incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet – lançados pela Zahar.

Por Gabrielle Ferreira.

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