Ali no número 26, na praça Alexandre Fernandes, Garcia, o charmoso bistrô Larriquerrí é conhecido por possuir uma cozinha afetiva, com criações e montagens contemporâneas mas que trazem lembranças e memórias aos seus comensais. Além de contar com livros de receitas da família e de mães e avós de amigos emoldurados nas paredes, a Rosa e o Gabriel Guerra, mãe e filho, também compartilham suas memórias de receitas da infância, através das sobremesas do restaurante.
A Rosa, de forma bem humorada conta que o nome do Larriquerrí, por exemplo, representa para ela o orgasmo do cavaco um doce simples, que é preparado com a massa do pastel frito e empanado no açúcar e canela.
É tão gostoso que é difícil encontrar alguém que torça o nariz para comer. Ele foi a primeira receita que a Rosa aprendeu a fazer, quando tinha 11 anos de idade. Hoje, faz parte do cardápio do restaurante mas vem acompanhando de baba de moço, que é preparado com leite de coco caseiro.
Para seu filho, o doce que representa a sua infância e faz parte de sua memória afetiva, e claro, também está no cardápio do Larriquerrí é o pudim de tapioca. “Quando penso em uma sobremesa afetiva, logo lembro dos almoços na casa dos meus avós aos domingo, que permanecem até hoje”.
Gabriel revela que nunca faltava o pudim de tapioca e por ser um doce tão representativo para ele resolveu inserir no cardápio, pois há muitas outras pessoas que também sentem falta da sobremesa, além de ser deliciosa.
Texto da série “Doces e sobremesas afetivas” escrita em parceria com a bloggler Lilian Brasileiro, Só Vim Pela Sobremesa.