Ovo, ovo nosso de todo dia! Para mim é o alimentos mais versátil que existe, além de ser nutritivo, mas nem todos ovos são iguais. Você sabe as diferenças e qual o verdadeiro preço dos que comemos? Há uma semana passei a rever o simples hábito de compra e consumo. Vocês sabiam que a maior parte dos ovos que comemos no Brasil e aqui, em Portugal, são de galinhas poedeiras que vive em gaiola?!
O que isso significa?
Que essas galinhas passam aproximadamente dois anos das suas vidas em uma gaiola pequena. A única coisa que elas fazem é: comer, cagar e botar ovo. Elas não têm os seus comportamentos naturais, considerados primordiais para garantir a saúde e o conforto destes animais, como ciscar, tomar banho de areia e empoleirar.
Nesses sistemas é muito comum haver canibalismo, problema nos pés e fragilidade óssea entre elas. Aqui na Europa, são quatro sistemas aviários de galinhas poedeiras: gaiola, criação ao ar livre, no solo e biológica (única diferença das outras é que elas comem ração orgânica).
No Brasil, o Walmart, um dos maiores varejistas em operação no país, anunciou compromisso de eliminar a venda de ovos de galinhas de gaiolas para todas as operações no país. A rede de supermercados, que tem 471 lojas físicas distribuídas em 18 estados e no Distrito Federal, firmou o compromisso de terminar a transição até 2028.
Na Europa, há um código em cada ovo onde é possível identificar qual o tipo de criação, mas há outra forma mais fácil de saber, basta ler o rótulo do protudo para saber qual tipo de criação. Na minha opinião, a pior produção é sem dúvida aquela que mantém a galinha confinada, no caso a gaiola, mas se nos aprofundarmos no assunto veremos que os outros sistemas de grande produção são “menos piores”.
Outro dia desenvolvemos melhor essa conversa. Porque nem mencionei sobre o ciclo anterior, aquele onde as empresas de reprodução fazem as seleções dos melhores pintinhos e parte dos machos ou aqueles com “algum defeito” são triturados vivos ou mortos em câmaras de gás. Essa é a outra fatura do preço dos ovos que comemos na sua maioria.
Mas como disse, esse é um assunto para outro dia. O importante é que você seja um cidadão consciente das suas escolhas no mercado. Elas ditam o que as empresas e as indústrias devem ou não fazerem.