Conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão ou nativas, o mel produzido por elas consiste em um líquido amarelo claro, translúcido, ácido e levemente adocicado. É um produto que caiu nas graças dos chefs e para a felicidade na nação e dos criadores, a Bahia foi o primeiro Estado a regulamentar a extração, produção e comercialização deste ouro líquido.
Estudioso e novato criador de abelhas nativas, o chef Caco Marinho há algum tempo já utiliza em sua cozinha o mel de abelha indígena. Durante o Mesa ao Vivo Bahia (2014), por exemplo, o chef levou para o evento o mel e preparou um Carré de paca defumado com banana-da-terra e manteiga de coentro bravo.
Recém chegado a cozinha do restaurante Amado, o chef Fabrício Lemos, já mantém em sua prateleira o líquido amarelo claro. Entre os experimentos, ele preparou uma salada que leva o mel de uruçu, melão do sertão, presunto de parma, queijo de cabra e rúcula.
Entenda mais
O mel que você conhece é derivado de abelhas Apis melliferas com umidade máxima de 20%. É um líquido denso, encorpado e dulcíssimo proveniente de abelhas européias e africanas, encontrado nos supermercados e comum nas nossas mesas.
Já o mel de abelha indígena tem até 35% de umidade. E com isso é necessário um cuidado quanto a refrigeração. E o que muda a partir da regulamentação? Primeiro: está autorizado o manejo das abelhas do gênero Melipona, destacando as espécies M. scutellaris, M. quadrifasciata anthidioides e M. mandacaia. Segundo: a finalidade é adequar os métodos de colheita, beneficiamento, armazenamento e comercialização de produtos e derivados registrados sob o Serviço de Inspeção Estadual.