Que tal sentir o vinho a sua maneira e esquecer as pré-definições, que são um tanto emolduradas das tradicionais provas? Até porque elas surgiram em um contexto acadêmico e para avaliação técnica da indústria, contudo se popularizaram entre os enófilos e, hoje, há muitas pessoas que gostam da bebida de Baco, porém sentem medo de falar suas impressões e se permitirem, mas olha, esqueça tudo isso.
Aprendi, durante as aulas, do mestre Manuel Malfeito Ferreira, que não se deve estar preso as pré-definições do universo dos vinhos, pois há muitas variações. Não é possível definir um rótulo apenas do pelo seu terroir ou sua casta. “É Cabernet Sauvignon, então tem notas xxxxxxx, cor yyyyyy, persistência sssss, na boca é yyyyy….” Não, não faça isso!
Em vez disso, leia o livro “O vinho sentido sem descrever aromas ou atribuir pontuações”, editora Plátano, do mestre Manuel Malfeito Ferreira e Virgílio Loureiro. Recém lançado, aqui em Portugal, o exemplar é muito didático e lhe faz entender desde a evolução da prova sistematizada de vinhos, técnicas, terminologias, tipos de provas, história, harmonização, modas, a complexidade física e química, o processamento do cérebro ao provar um vinho, pois envolve diferentes sentidos e a questão dele ser um objeto de estética.
É um livro de cabeceira, indicado para qualquer pessoa que goste apenas ou seja profissional da área. Ele pode ser encontrado na Fnac, Livraria Bertrand e Wook por 16,90€