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A Feira; por onde ando

É bom para catarro, para roxo no corpo, diabetes, ajuda até na inflamação, pode levar! Quando pergunto da onde vem todas essas cascas de árvores, o Seu Paulo, de sobrenome Araújo Moura, 51, me responde que é da terra dele, em Itaíba (PE). Então são típicas da Caatinga? Sim! São da mata. E o senhor vem para cá toda quarta-feira? É! E são quantos quilômetros até chegar aqui em Canapi (AL)? Uns 40.

Cascas de madeiras nativas da Caatinga vendidas na banca do Seu Paulo. Fotos: Gabrielle Ferreira / Repórter Gourmet.
Aprendi com seu Paulo para que serve diversas cascas de árvores nativas que ele tem em sua propriedade, em Itaíba (PE). Entre elas: casca de Mororó (diabetes); Pau D’arco roxo (hematomas); Umburana de cheiro (catarro) e Pitó (colocar na cachaça). Fotos: Gabrielle Ferreira / Repórter Gourmet.

Seguindo o conselho de um amiga, que dizia que para conhecer a cultura de uma cidade, basta ir na feira local, foi assim que parei na feira no centro de Canapi. E aqui tem de tudo, é um Extra a céu aberto, nas devidas proporções do sertão nordestino. Aqui o povo espera a feira até para comprar limão, porque não há nos mercadinhos, e por isso Seu Paulo está aqui toda semana. Imagina a vida dos canapienses sem ele e sem todos os outros?

Aprendi com seu Paulo para que serve diversas cascas de árvores nativas que ele tem em sua propriedade, em Itaíba (PE). Entre elas: casca de Mororó (diabetes); Pau D'arco roxo (hematomas); Umburana de cheiro (catarro) e Pitó (colocar na cachaça).
Seu Paulo, 51, há 30 anos é feirante.Roda todas as cidades do Sertão Nordestino para vender seus produtos, que vêm da “mata”.

Localizada na fronteira com Pernambuco, Canapi fica aonde não há muita coisa; são 17 mil habitantes, pouco dinheiro na cidade e uma pobreza subjetiva de 72%. Isso significa que 12 mil pessoas não têm o suficiente para sobreviver. Os comerciantes não vendem limão porque só cinco mil pessoas poderiam comprar.

Maciel Leite de Lima Alves, 27, agricultor familiar. Tentou a vida no interior da Bahia em outra atividade, mas preferiu voltar para trabalhar no campo com a família. Ele produz sua terra, que fica em Mata Grande a abóbora cabocla, típica da região.
Maciel Leite de Lima Alves, 27, agricultor familiar. Tentou a vida no interior da Bahia em outra atividade, mas preferiu voltar para trabalhar no campo com a família. Ele produz em sua terra, que fica em Mata Grande, a abóbora cabocla, típica da região.

Se levarmos em consideração que desse número existem crianças (e como tem nessa cidade), pessoas que moram longe dos mercadinhos do centro, algumas não usam a fruta e outras que esperam a Feira, então não vale a pena comercializar a fruta. Não tem quem compre todos os dias. Então vamos para a Feira.

Abóbora cabocla cultivada pelo
Abóbora cabocla cultivada pelo Maciel e vendida na Feira de Canapi.

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