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Do Amado para o D.O.M.: Cadu Moura vai trabalhar com Alex Atala

Estudante Cadu Moura. Foto: Marcelo Machado.

Vontade de aprender com grandes profissionais independe da área de atuação. Em gastronomia não é diferente. Para conseguir um estágio em um restaurante renomado o estudante concorre com diversos outros aspirantes a chefs. A concorrência é grande, principalmente se a experiência for com um dos melhores chefs do mundo, como Alex Atala do D.OM. Restaurante – único com duas estrelas Michelin no Brasil. O estudante de gastronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Cadu Moura ganhou esta oportunidade e embarca para São Paulo dia 06 de junho.

Com 23 anos, o pernambucano Cadu, se mudou para Salvador em busca do tão sonhado curso de gastronomia. No início de 2015 começou a trabalhar com o chef Fabrício Lemos no Restaurante Amado e de lá para cá o seu trabalho tem se destacado. Nesta semana, o jovem cozinheiro recebeu a notícia que muitos estudantes tanto sonham: estagiar no D.O.M. E para saber como tudo aconteceu, Cadu conta para o Repórter Gourmet os bastidores desta novidade e revela os planos para o futuro. Confira!

Repórter Gourmet – Quando surgiu o convite para estagiar no restaurante D.O.M.?

Cadu Moura – Não teve um convite oficial. Quando optei em me desligar do Restaurante Amado tinha a intensão de conhecer e vivenciar novas experiências. Já tinha o sonho de estagiar no D.O.M., então enviei meu currículo para o chef Alex Atala com duas cartas de recomendação escritas pelos chefs Edinho Engel e Fabrício Lemos. Após o envio do currículo e carta, recebi a confirmação do estágio, que vai iniciar no dia 6 de junho.

RG – Qual o período de estágio e onde irá atuar no restaurante? 

CM – O estágio tem duração de 45 dias. Eu vou atuar na cozinha de produção do D.O.M.

RG – Qual a sua expectativa em estagiar em um dos melhores restaurantes do mundo, único no Brasil com duas estrelas Michelin?

CM – Expectativa mil! Sei que irei trabalhar muito. Estar em uma cozinha com duas estrelas Michelin é de se orgulhar. A ficha ainda não caiu completamente!

RP – Qual a sua função hoje no Amado?

CM – Hoje no Amado eu sou cozinheiro coringa. Não tenho uma praça fixa. Estou mais voltado para linha do fogão, mas sempre dou uma passada no manger (pratos frios), sobremesas e, principalmente, na linha de frente, onde os pratos são montados e finalizados.

Cozinha do Restaurante Amado. Foto: Acervo pessoal.


RP – Quais são os seus planos assim que voltar do estágio?

CM – Retornando de São Paulo, eu não farei mais parte do Amado. Estou me desligando do restaurante no dia 19 de maio. E os planos são: finalizar a faculdade de gastronomia na UFBA, continuar com alguns eventos para o Buffet Amado e fazer parte da equipe do Restaurante Origem, do chef Fabrício Lemos. Mas tudo depende de como será essa temporada em São Paulo.

RG – Conte um pouquinho da sua história com o chef Fabrício, e também do momento que surgiu o convite para trabalhar com ele.

CM – Falar de Fabrício Lemos é sempre emocionante. No início, eu conhecia o lindo trabalho dele através das redes sociais. Meu sonho era poder conhecê-lo pessoalmente.Em uma aula show, no evento Mesa ao vivo Bahia, pude conhecê-lo pessoalmente. A partir daí ele me reconheceu no Festival de Luís Eduardo Magalhães. Lá eu tive o oportunidade de trabalhar com ele na cozinha pela primeira vez. Depois disso, ficamos cada vez mais próximos e ele apostou em mim, pois logo quando foi convidado para comandar a cozinha do Amado ele me levou junto. Lá, desenvolvemos um incrível trabalho e foi quando nossa amizade se desenvolveu. Hoje ele é meu chef, meu melhor amigo e meu pai de coração.

Cadu Moura com chef Fabrício Lemos. Foto: Tati Freitas.


RG – Quem são as suas referências de trabalho?


CM – Eu sou muito realista, vejo e tenho como base o que posso vivenciar junto, por isso a minha principal referência hoje está no Brasil. O chef Fabrício Lemos é minha base, mas existem outros chefs que aprecio o trabalho, como Alex Atala, Rodrigo Mocotó, Pedro Artagão, Ignácio Peixoto e Leo Paixão.

RG – Como você se imagina daqui há 5 anos?

CM – Daqui a 5 anos? Já que é para sonhar, me vejo um dos finalistas para o Chef Revelação Brasil da revista Prazeres da Mesa. Mas isso, é claro, após muito trabalho, estudo e dedicação.

 

RG – Quais são os seus valores enquanto cozinheiro?



CM – Meus valores, como iniciante na cozinha, são baseado no que vivencio diariamente. Tem uma palava que sempre escutei e acho que foi o que me fez não desistir e evoluir na gastronomia: comprometimento. É uma grande virtude ser comprometido com o que você faz.

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