Já imaginou um São João sem milho? Sem canjica, lelê, pamonha, mungunzá e bolos típicos? Não seria a mesma festa pois o grão é a base da cultura junina. Contudo, o movimento Slow food propõe aos brasileiros, neste São João, deixarem de consumirem a espiga e derivados em forma de protesto.
O movimento criou a campanha ‘Festa junina livre de transgenico’. A proposta é alertar aos brasileiros, neste período festivo, que 82% do milho do país é produzido com semente geneticamente modificada. E pior, o consumo dela faz muito mal a saúde e ninguém sabe desta informação.
Segundo estudos da Fiocruz e da Universidade Federal do Mato Grosso o milho transgênico pode causar alterações em diversas glândulas do nosso organismo, má formação fetal e até ativar células cancerígenas.
A campanha é uma manifestação para informar a população e criar um debate na sociedade sobre:
O uso agroindustrial dos transgênicos;
Quais os prejuízos a saúde;
A obrigatoriedade do selo de identificacao do “T” em embalagens de alimentos;
A ampliação do acesso à preços populares do milho crioulo (variedade sem modificação genética);
A popularização da ecogastronomia (alimentos frescos sem agrotóxicos).
Fique por dentro
Atualmente são 21 variedades de milho transgênicas em comercialização no Brasil, 05 variedades de soja, 12 de algodão, 1 variedade de Feijão Phaseolus vulgaris.
E mais: No final do ano o Deputado Federal Luiz Carlos Heinze pediu a desobrigatoriedade do uso do Selo T nas embalagens dos produtos alimentícios que contém transgênicos e nesse momento está em tramitação no senado.
Portanto essa é uma atividade onde a cultura alimentar se manifesta em prol do cenário político ambiental, precisamos de todos nessa mobilização pela vida.
Quer tiver interesse em participar da campanha deve enviar um e-mail para: gt-sementes-livres-ogm@googlegroups.com.