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Um bocadinho de conhecimento e sabores da pastelaria portuguesa

Enfim visitei Manteigaria! Mas fui lá depois de assistir um debate sobre a pastelaria portuguesa, nesta quinta-feira (04), onde aprendi sobre a história da confeitaria do país, em especial sobre o pastel de nata e algumas de suas características organolépticas, como sabor, textura, cor e brilho). E sim, a Manteigaria foi muito citada. Diria que é a favorita dos palestrantes também.

Aprendi que para saborear um pastel de nata o indicado é que ele esteja morno. Nada de quente, pois a alta temperatura esconde as falhas do doce. Ele deve estar moreninho, a massa folhada deve ser estaladiça e com camadas bem definidas. O creme de ovos deve ter uma camada superior consistente mas quando morder ele ainda deve escorrer. Ah, o creme de ovos tradicional não leva farinha de trigo.

Um curiosidade, que envolve a ciência é sobre a massa folhada. Para obter uma que seja perfeitamente estaladiça é necessário que a gordura utilizada tenha pouca quantidade de água. Há receitas e registros históricos que mostram a utilização da banha de porco, pois ela tem um ponto de fusão  maior, por volta de 45º, em relação a manteiga (32ºC). Essa é uma característica que influencia diretamente no resultado final do pastel de nata.

Lisbon Food Week

Esqueda para direita: Pedro Cruz, Paulina Mata e Virgílio Gomes.

E todas as informações acima aprendi com dois super experts: Paulina Mata (coordenadora do mestrado em Ciências Gastronômicas Nova Lisboa) e Virgílio Gomes (escritor, professor da Nova Lisboa e referência em gastronomia portuguesa), no evento que aconteceu ontem, em Lisboa, tendo como moderador o Pedro Cruz (blog gastrossexual e professor da Nova Lisboa).

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